sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Sentido político...

Apetece rebentar as pedras da calçada
e nem sempre é primavera quando damos
por isso nos alvores da madrugada

Por cima de nós o peso do mundo
esmaga-nos o coração com promessas
e nem acordamos do nosso sono profundo

perdidos que estamos em outras constelações
e esquecidos do papel que nos foi dado
de sermos guardiões da nossa própria casa

No descampado de todas as velhas emoções
salvam-se os sentimentos dos pássaros novos
no algodão branco de um bater de asa

José António Gonçalves



Mais do que ninguém, os Castanheirenses devem conhecer o contexto em que vivemos. Trata-se de conhecer um pouco, um pouco só, a sociedade; ter a máxima sensibilidade para ver as pessoas por detrás dos números que são friamente analisados pela sociologia ou pela economia. E então actuar politicamente; que dizer, tentado dar um alcance político, por isso mesmo colectivo, a um problema que afecta maiorias e que todavia se percebe somente como se de minorias fosse.

Estou, contudo, convencido de que a luta por um novo humanismo, por uma cultura democrática, por novas relações de respeito pelo que cada um e cada uma sabe e é, passa pelo desenvolvimento de um sentido cívico muito superior ao actual, por uma capacidade natural de entender que o lucro privado não pode nem deve impedir ou degradar o bem comum.

A explicação, a proposta política, as alternativas para problemas que afectam todos os Castanheirenses não podem ter expressão defensiva, como se não acreditássemos nas nossas razões e motivações ou pensássemos que os receptores estão noutra orbita.

Realizar uma função publica, como é a política, exige uma concepção ética, mas com a consciência de que se está a fazer política.

A política,que dos que acreditam verdadeiramente no que dizem e defendem, arregaça as mangas, pisa a lama, suja as mãos, entra pelas coisas que existem e não pelas de um imaginário pessoal.

Ou seja, o caminho do nosso Concelho no sentido político, é o de os Munícipes terem uma consciência cívica cada vez mais elevada, que é o que dá um sentido de colectivo humano e democrático à nossa sociedade.

Há momentos difíceis dos quais não se pode fazer outra coisa senão manter a resistência para não se perder a dignidade, só assim se pode avançar rumo a uma democracia participativa rumo ao progresso e desenvolvimento da nossa Terra.

POR CASTANHEIRA SEMPRE!

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